23º dia - Frutos do Espírito - DOMÍNIO PRÓPRIO
"Como a cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito." - Provérbios 25:28
Domínio próprio expressa autocontrole, autodisciplina, temperança e moderação. Devemos buscar no Espírito Santo forças para nos controlarmos. Para um rio violento gerar energia é necessário que seja represado, contido. Para usar-se um cavalo precisa-se antes domesticá-lo, doma-lo. Domínio próprio é o controle Total de nossas línguas, que muitas vezes afiadas e apressadas, nos levam a fazer o mal. Domemos nossa língua e domaremos todo o nosso ser.
"Você tem autocontrole? Seria possível alguém ter autodomínio?
Salomão faz a seguinte exortação quanto ao domínio próprio: “Melhor é o longânimo do que o herói de guerra.
E o que domina seu espírito do que o que toma uma cidade.” (Pv 16.32).
José, expressa o autocontrole, quando recebe seus irmãos. “José se apressou e procurou onde chorar, porque se movera no seu íntimo, para com seu irmão; entrou na câmara e chorou ali.” (Gn 43.30). Ele exerceu o domínio próprio para não se dar a conhecer aos seus irmãos, nessa oportunidade.
Davi, certa ocasião, quando era perseguido por Saul, teve a oportunidade de matá-lo. Apesar de sofrer uma
pressão por parte dos seus soldados, exerceu o autocontrole e não tirou a vida do rei. “Sucedeu, porém, que, depois, sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saul; e disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.” (2Sm 24.5,6).
O domínio próprio é fundamental em todas as áreas da vida. Comer, beber, vestir, falar, agir, comportamento.
Tiago exorta-nos, dizendo: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” (Tg 1.19). O Senhor Jesus adverte a respeito do cuidado que devemos ter com as palavras que falamos. “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.” (Mt 5.37).
“Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados.” (Mt 12.36,37).
A grande dificuldade para ter autocontrole é o pecado que reina no coração de todo homem. Há muitos que
aparentam ter o domínio próprio, mas, é apenas aparência, pois, a inclinação para o pecado é natural na vida do ser humano.
Domínio próprio reflete o princípio de dominar os desejos, a vontade do nosso eu. Como isso é possível? Há
uma luta contínua, intensa dentro de cada um de nós. Paulo descreve essa batalha nestes termos: “Sei que nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.
Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse continuo fazendo.” (Rm 7.18-19). A intenção, o desejo de fazer o bem não é a mesma coisa que o fazê-lo. Então, como exercitar-se no autocontrole?
Crucificar a carne, ou seja, a natureza pecaminosa. “Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos.” (Gl 5.24). Crucificar a carne é morrer para os desejos da natureza pecaminosa. “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.” (Gl 5.24).
O domínio próprio, como fruto do Espírito, não é algo próprio do homem, mas uma obra da graça de Deus que, além de transformar o coração, motiva o viver para Deus. “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl 2.19-20).
Amados, quanto mais vivemos no Espírito, mais os Seus frutos serão desenvolvidos no nosso viver diário e
“Contra estas coisas não há lei.” (Gl 5.23). - Rev. José Paulo Brocco"
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